O vento soprou forte, e quando foi chamado ele já estava lá. Apesar do frio e da chuva fininha que caiu na tarde de sábado, cerca de 300 pessoas estiveram na Casa de Cultura Piana do Crivo, assistindo a 3 Ciranda Cultural.
E diversidade foi à palavra de ordem do dia festivo. E não poderia ser diferente, já que o leque de oficinas culturais oferecidas pela Fundação Municipal de Cultura é bem diversificado.
Enquanto os presentes aguardavam o início do espetáculo, podiam apreciar as peças de artes manuais produzidas pelos alunos das oficinas de Cerâmica e Bonecos de Pano, dos professores Mauro Alves e Ziza. No palco o cenário foi feito com painéis exibindo as pinturas efetuadas pelos alunos da oficina de pintura da professora Preta.
As apresentações artísticas iniciaram com os alunos de percussão do professor Eri Cavalcanti e sem dúvidas revelaram habilidades singulares mostrando vários ritmos brasileiros. Logo em seguida veio a dança, o grande grupo formado pelos alunos da oficina da professora e coreógrafa Margarida Coelho apresentou três coreografias: Só de você, Os dias de cão acabaram e Diamante. Também na dança houve a apresentação solo de Patrick Cancelier com a coreografia Crasy in Love e do trio WW Dance que apresentaram duas coreografias da dança jamaicana ragga Champion e Nós mesmos.
O coral de Libras Mãos que Encantam emocionou os presentes com crianças de 4 a 12 anos provando como é possível fazer tanto em tão pouco tempo. Desde junho ensaiando sob a coordenação da professora e regente Sabrina da Cruz Rodrigues apresentaram duas canções: Eu sou assim sem você de Claudinho e Bochecha e Era uma vez do Toquinho.
A noite já tinha caído quando os alunos de todas as oficinas culturais pisaram no palco sagrado da Casa de Cultura Piana do Crivo, para apresentar o espetáculo A pesca da tainha: o cerco, com concepção, roteiro e direção cênica da professora Maria Cristina Melo, a Cris Guiça. Quando os atores chamaram o vento, ele respondeu e ali permaneceu abençoando 70 artistas que encenaram as dores da espera da mulher do pescador e dos filhos, a saudade, as orações, as inquietações. Trouxeram a benzedeira, a canoa de um pau só, as crenças, as visage E numa performance digna de profissionais, rapaz pequeno, senhoras, senhores arrancaram aplausos calorosos . E para fechar com chave de ouro a noite, a trovoada esperou todos voltarem para casa, para só então lavar a terra bombinense abençoada.
No final a FMC ofereceu um coffee break para todos os presentes com a colaboração dos comerciantes bombinenses, que gentilmente atenderam ao pedido da Fundação.
A cultura está de fato muito bem representada em Bombinhas e ganha cada vez mais adeptos, em alguma de suas mais variadas formas de manifestação. E notadamente há os que se destacam, são artistas natos, que precisavam apenas de um impulso. Mas sem dúvidas o maior ganho é disponibilizar ao cidadão a possibilidade do fazer cultura. Conhecer, despertar, aprender e reinventar a cultura bombinense.
Fonte: Prefeitura Municipal de Bombinhas